Para lá das 24

Pela última vez nesta semana, a opinião Para lá das 24...

Companhia das Manhãs está a crescer ao longo do tempo, tornando-se assim mais atractivo e num bom produto de televisão.

Actualmente a gozar de uma boa herança oferecida pela novela que o antecede - O Mundo de Patty - este programa, conduzido por Rita Ferro Rodrigues e Francisco Menezes, tem conseguido segurar os espectadores chegando mesmo a ficar à frente da concorrência nestas últimas edições. E apesar do factor Patty, a verdade é que estes sinais de estabilidade são também consequência de um notado esforço feito pela equipa visando o melhoramento do formato.

Ultimamente tem-se visto uma Rita cada vez melhor, sendo ela das melhores profissionais da estação; um Francisco cada vez mais seguro, mostrando que finalmente está a descobrir o seu papel na condução do programa criando-se uma empatia agradável entre os dois anfitriões; e também é de notar uma substancialmente mais apurada selectividade dos conteúdos.

Se em Setembro os temas eram demasiadamente aborrecidos ou demasiadamente histéricos, agora já se começa a encontrar o equilíbrio fundamental entre essa diferença antagónica, com uma gestão cada vez mais profissional por parte da Rita e também do Francisco. Desta forma, é de enaltecer a excelência dos casos menos bons trazidos por Francisco Moita Flores ou a adorável exuberância e animação da Maria Rueff e Ana Bola, na pele de Maria Delfina e Denise de Magalhães.

No fundo, tudo isto pode ser visto como uma enorme ironia. Se no ínicio do ano este era o horário mais problemático da SIC, actualmente é o horário com sinais mais satisfatórios de alguma estabilidade. Sinais ténues, claro, mas mesmo assim sinais de uma mudança saudável e um crescimento consolidado. E é isso o que mais falta em Carnaxide...