28 de junho de 2010

Fecho

Boa noite. O Fecho de hoje incluí mais uma crónica da autoria de Nuno Azinheira, retirada do Diário de Notícias.
Às 21:00, não perca o Frente a Frente da semana.

Um "velho" sempre novo

Carlos Alberto Moniz é uma velha lufada de ar fresco na televisão portuguesa. Tem idade para estar na RTP Memória, mas está na RTP1. Numa época em que a imagem vale tudo, numa época que uma cara laroca é valorizada, numa época em que quase todos os dias manequins e actores saltam para a apresentação, é bom ver um "velho" com a alegria de sempre. Aos 61 anos (faz 62 em Agosto), Carlos Alberto Moniz é daqueles homens que a geração dos 30's cresceu a ver na televisão. Sempre com conversa fácil e um sorriso no rosto.


E ele, como outros daquela fornada, está no pequeno ecrã porque sabe o que faz. Não está pelas pernas, não está pela voz sexy, não está pelos dois palmos de cara. Não, está porque é versátil, está porque é culto, está porque é empático, está porque sabe falar português, está porque tem noção de espectáculo, de ritmo, de entretenimento.


O seu Portugal sem fronteiras, em que partilha o palco com Diamantina (uma das mais honestas surpresas da televisão nos últimos anos), é um programa alegre e divertido, que dispõe bem e que faz companhia. Não é o tipo de programa que me faça saltar da cama às 11 da manhã de sábado, mas é o tipo de programa que não me faz desligar a TV ou mudar de canal se a tenho ligada a essa hora.


Ainda ontem, por exemplo, numa emissão especial sobre o Lisboa Bike Tour, assisti confortável e prazenteiramente a uma emissão dinâmica, sem grandes tempos mortos, com conversa inteligente, proveitosa e livre dos espartilhos técnico-formais de hoje em dia. E quando assim é, a televisão cumpre a sua função.

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