28 de outubro de 2009

Para lá das 24


Boa noite. Seja bem-vindo ao Para lá das 24.
Esta noite falo sobre programas de talentos.

"Ídolos", "Família Superstar", "Academia de Estrelas", "Operação Triunfo", são alguns de vários exemplos de concursos de talentos que as televisões generalistas costumam apostar para a rentrée.
Pessoalmente gosto de ver, e dos quatro que referi, acompanhei todos.


Como todos sabemos, a maior parte destes concursos apenas dá visibilidade aos artistas que por lá passam, pois não lhes garante uma base que lhes permita crescer. No fundo, oferece-lhes sementes, que depois vão ter de crescer sem qualquer apoio.
E é nisto que estou contra, mas que nada posso fazer. Os conhecidos talent shows são vistos por milhares de pessoas, e oferecem bons resultados às estações de televisão onde são emitidos.
Portugal, sendo um país pequeno, nunca oferece condições para os artistas vencedores posteriormente crescerem.
No meu ver, se as estações de televisão beneficiam dos artistas, têm de os beneficiar também a eles, depois de terminado o concurso em que participam. Por exemplo, colocá-los num programa, de modo a que continuem em destaque. Ou efectuar um contracto que os beneficie.
Onde estão Vanessa Marques, Sérgio Lucas, Nuno Norte, Filipa Azevedo, Vânia Fernandes, Ricardo Soler e outros tantos. Sim, uns fazem parte de bandas de talk-shows, outros fazem digressões não muito divulgadas, mas a maioria é esquecida.


Quero com isto dizer que percebo a hesitação do concorrente Filipe Pinto ao participar em "Ídolos". Sabendo o percurso de todos os que por lá já passaram, preferia começar por outro lado e não pelo concurso. Mesmo assim, cedeu aos elogios do júri e "aceitou" continuar.
Fica a pergunta no ar: será que vale a pena alimentar um sonho, ter os nossos 5 minutos de fama, e sermos esquecidos quando estamos a saborear os primeiros momentos como verdadeiros artistas?


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