Ainda agora nos vimos livres de uma e já vem aí outra. Duas eleições seguidas tem estas coisas boas: deixa os portugueses distraídos, dá aos jornalistas matéria de sobra para encher telejornais, jornais e noticiários radiofónicos. É que os políticos adoram falar. Falam sem parar, como se o piloto automático estivesse ligado e não tivesse botão off.
E é por isso que, cada vez mais, sou contra os debates na televisão com "todas as forças partidárias". Podem ser democráticos, mas ninguém se entende. Ainda na quarta--feira, a SIC Notícias gastou quase hora e meia com uma espécie de debate inqualificável que reuniu os cinco candidatos à presidência da Câmara Municipal do Porto. Inqualificável porque nenhum candidato conseguiu proferir uma frase completa sem ser interrompido. Inqualificável porque Elisa Ferreira, numa tentativa de ganhar pontos a Rui Rio, falou o dobro do tempo dos adversários e interrompeu permanentemente tudo e todos. Inqualificável porque a única coisa importante que o candidato do PCTP conseguiu dizer foi "no essencial, estou de acordo com o João (Teixeira Lopes, candidato do BE). Inqualificável porque o moderador, Pedro Cruz, foi incapaz de pôr ordem na casa, repetindo 132 vezes a palavra "desculpe", para interromper os desordeiros. Inqualificável porque ninguém ganhou, ninguém ficou esclarecido, todos perderam. É por isso que os frente-a-frente a dois são muito mais interessantes. É preciso coragem para aceitá-los. E nem todos a têm.
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