No turbilhão que tem sido a SIC nos últimos meses, há um dado novo neste mês de Junho, que tem sido pouco notado na imprensa: a estação prepara-se para recuperar o segundo lugar nas audiências, que lhe fugia desde Fevereiro. A poucos dias do final do mês, é possível afirmar que a SIC será a única das três principais generalistas a subir, ultrapassando a RTP1 (que desde Fevereiro tem vindo a cair), num mês em que não conseguiu potenciar o futebol internacional e os eventos especiais de Verão.
Esta inversão nas posições não é irrelevante, sobretudo se pensarmos na vida difícil que Nuno Santos tem tido: ele são apostas que não resultam, eles são constantes tiros no pé, de dentro para fora, ele é a saída de Teresa Guilherme com estrondo, ele é a saída de Herman José para a TVI. É, pois, nestes tempos de tormenta que se dá este crescimento, mesmo sabendo que historicamente a SIC sobe no Verão.
Durante os últimos largos anos, era o day time que puxava pela carroça em Carnaxide. Ou seja, mesmo com um prime time pouco competitivo, a força da programação diurna chegava para manter-se à tona. Com o esfrangalhamento do Fátima e do Contacto, a SIC perdeu o pé. E, desta vez, foi uma feliz, mas inesperada, junção de um concurso light de Verão e uma comédia de situação (Cenas do Casamento, fraquita, mas ainda assim melhor que Malucos do Riso e companhia) que fez a SIC crescer três a quatro pontos à noite. E isso faz toda a diferença...
Ontem é de referir o mau resultado da Grande Reportagem SIC. Tendo em conta a qualidade da mesma, e o seu mediatismo, penso que ficou a quem em termos de audiências (7,4% de ratio e 20,6% de share).
O dia de hoje ficou ainda marcado pela estreia de Verão Total 2009 e SIC ao vivo. Acompanhei os 2 programas e sinceramente penso que o da estação pública consegue atingir melhor o seu fim. Ou seja, se o objectivo de ambos é dar a conhecer a região, a aposta da RTP1 está à frente.
Apesar disso, a SIC ganha noutro aspecto. Na cor, nos pequenos jogos que apesar de parecerem ridículos acabam por cativar as pessoas. Também apreciei os espaços de humor protagonizados por César Mourão. De destacar ainda, a apresentação de Rui Pêgo. O filho de Júlia Pinheiro tem jeito, e também um defeito - fala muito rápido.
Para concluir este Fecho, saliento a novidade do cenário e da dinâmica de Quem Quer Ganha. Até aqui tudo bem. Agora o que já não é novo são os incentivos para o público telefonar para ganhar os prémios do concurso. E ainda estou para perceber se o Quem Quer Ganha ainda visa questões de cultura geral. Isto porque não penso que "Quantos filhos têm Angelina Jolie e Brad Pitt" se inclua nesse "saco".
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