3 de setembro de 2010

André Cerqueira em discurso directo


André Cerqueira, director de programas da TVI, concedeu uma grande entrevista à Notícias TV desta semana. Nela anteviu o futuro próximo da TVI e desfez algumas dúvidas e tabus em torno da estação de Queluz de Baixo.

Depois de 5 meses como director de programas e questionado sobre alguns erros que ele próprio tenha cometido na gestão da grelha da TVI ao longo deste tempo, André Cerqueira assumiu bastantes: “Claro que sim. Imensos. Nós vivemos dos erros que cometemos”, afirma, não esquecendo também algumas incógnitas da máquina televisiva: “O que as pessoas pensam hoje já não pensam amanhã. Um programa que funciona hoje pode não funcionar amanhã”

Sobre as estreias de Setembro, André Cerqueira resume a nova etapa da TVI como uma aproximação ao seu público: “A minha preocupação agora é aproximarmo-nos ainda mais das pessoas. E vamos fazê-lo com o programa da Fátima Lopes e com a novela do Vilhena, que é brutal. Esse trabalho de aproximação é feito assim, não é com 40 estreias de coisas diferentes”, remata, lembrando a importância da aposta de Fátima Lopes nas tardes da TVI: “Toda a gente sabia que eu tinha um problema com aquele horário. Era o nosso horário mais fraco e onde toda a concorrência apostava”

Quanto às outras estreias desta reentré, o director de programas da TVI garante que A Casa dos Segredos vai mesmo para os serões de domingo e durante a semana, no horário nobre, o esquema das três novelas é para continuar.

Questionado sobre a suposta crise da TVI, André Cerqueira foi claro ao negar qualquer tipo de mau ambiente entre ele e outros responsáveis da estação: “A TVI não está em crise. O ambiente é óptimo. Incrível. Continuo a brincar e a divertir-me a fazer televisão. Adoro o que faço. Interessa-me pouco olhar para trás. A minha prioridade são as pessoas. É para elas que trabalhamos aqui. Não trabalhamos para alimentar supostas guerras, supostas rivalidades entre os canais”

André Cerqueira garante que Júlia Pinheiro é “essencial” para a estação e para ele próprio, rejeitando as notícias que dão conta de uma paz podre entre ele e a apresentadora: “Conversamos muito todos os dias. Dizem que vivemos uma paz podre, mas não é verdade. Não é mesmo. Temos uma relação fantástica. A Júlia é uma mulher inteligente e útil”, garante.

Nesta entrevista, André lançou ainda algumas farpas quanto às apostas da concorrência (SIC) na ficção nacional: “Respeito-os, mas exijo o mesmo. Não aceito que cheguem aqui e achem que vão ensinar-nos a fazer novelas. Porque não vão. Passione faz 14% de share. A minha à mesma hora faz mais de 35%...”
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Quiosque: Notícias TV

4 comentários:

Emanuel disse...

Grande boca no ultimo parágrafo para o pseudo aguinaldo silva, que chega aqui e pôs a ficção da tvi em causa.

TVI Blog disse...

Também achei uma boa resposta. Aquele escritorzinho que vem lá do brazil tem a mania que chega aqui e ataca os outros, com a certeza que irá fazer melhor.

Quase ...

Paulo Rodrigues disse...

Brasil é com "s". Quanto a pôr em causa o valor do Aguinaldo Silva não me parece muito correcto. Se me colocarem o excerto onde ele fez o mesmo com a ficção portuguesa poderei aceitar esse repúdio para com o escritor, até lá irei apenas pensar que se trata de fanatismo desmedido, o que me entristece de sobremaneira.

Anônimo disse...

Sinceramente, o André Cerqueira não percebe nada de televisão. Ele congratula-se de a sua novela ter maior audiência, quando devia estar a trabalhar para a ficção da TVI tivesse mais qualidade. Sim, tenho que ser honesto, a ficção da TVI não tem qualidade. A história é sempre a mesma, com os mesmos clichés fraquinhos, que nos têm sido oferecidos pela TVI desde 2000. Além de que o horário nobre (20:00h até às 23:00h) da TVI precisava de uma mudança radical. Sim, deve-se continuar com a ficção, mas deve-se apostar também em concursos e programas de variedade. No late-night (ou seja, partir das 23:00h) a TVI devia de apostar num talk-show humorístico ao estilo americano ou então na transmissão de uma série estrangeira. Não só ofereciam variedade, como seguravam aquela audiência das donas de casas e ainda conquistavam público jovem (esse mesmo público jovem que está à procura de alternativas de qualidade na televisão paga, fugindo assim da televisão em sinal aberto generalista, que sobrevive muito à custa de publicidade, e toda a gente sabe que quem gasta mais, nos dias de hoje, são os jovens, portanto eles são um mercado publicitário que se aproveitar).