
O grande enigma será o horário da aposta. Irá para o lugar do cada vez pior "Nós Por Cá"? Ou ocupará o lugar de "Salve-se Quem Puder"? Aceitam-se apostas.
Quando se fala em telenovelas portuguesas, a nossa ideia vai sempre ter ao encontro da TVI. Afinal foi para os lados de Queluz de Baixo que se apostou forte em ficção nacional. Mas, antes disso, elas também existiram no canal público (o caso de “Vila Faia”) ou na SIC (“Ganância”, ”O Jogo”). Contudo foi efectivamente pela mão de José Eduardo Moniz que as telenovelas portuguesas entraram nas “bocas do povo”.
A “bomba” deu-se com “Jardins Proibidos” e desde aí, nunca mais parou, tendo a TVI somado sucessos atrás de sucessos. É notório o aumento de qualidade das produções, do elenco, das personagens e dos argumentos.
Há um progresso. A aposta em enredos mais populares, a descoberta de locais fascinantes, a expansão até outros países, culturas, formas de estar.. O uso de temas fortes, como a homossexualidade, as doenças terminais… tudo isto contribuí para aquilo que hoje fez, faz e fará parte do universo ficcional português. Quem não se lembra de “Todo o Tempo do Mundo”? De “Saber Amar”? De Fernanda Serrano a rapar o cabelo em “Queridas Feras”?
Se há produto que actualmente consegue (e faz) muitas vezes resultados superiores a jogos de futebol, ele é sem duvida alguma uma telenovela nacional. Telenovelas estas, que acabaram com a liderança das homónimas brasileiras. Talvez devido ao facto de se adequarem mais ao panorama nacional, de estarem mais ao encontro da realidade portuguesa. Perderão estes produtos de ficção o protagonismo? Não, não. Penso que cada vez mais alcançarão óptimos resultados, porque os portugueses estão fartos de “programas da carochinha”, e as telenovelas permitem que vejam a vida com esperança. Contudo, por vezes tornam-se um pouco saturantes e cansativas.
Mas é disto que o povo gosta, e é graças a ele que as telenovelas alcançaram o seu “estatuto” na televisão nacional.
Com um resultado histórico, Paulo Portas ganhou em toda a linha: secando o PSD (milhares de eleitores sociais-democratas, não se revendo no estilo e nas ideias conservadoras de Ferreira Leites, votaram em Portas) e encostando Sócrates à parede, deixando os socialistas reféns do seu resultado.
Se é certo que o PS é o claro vencedor das eleições, não é menos certo que os socialistas vão ser obrigados a negociar. Ao chegar às duas dezenas de deputados na Assembleia da República, Portas conta. E pode ser o fiel da balança.
A vitória de Portas, que lhe permite continuar a cavalgar a onda anti-sondagens (que, apesar de lhe terem sido mais favoráveis na última sondagem, não se aproximaram do resultado final), é mais uma prova do que cada vez mais gente diz: Portas, este Portas, é o homem certo no lugar errado. Fosse ele líder do PSD e outro galo cantaria...
Já são conhecidos os convidados desta semana do "Gato Fedorento Esmiuça os Sufrágios".
António Vitorino, dirigente do PS, estará presente no programa na segunda-feira. No dia seguinte, é a vez de António Costa ser "esmiúçado". Já a meio da semana é o candidato social democrata à Câmara Municipal de Lisboa que fará companhia ao quarteto humorístico. Na quinta-feira, o entrevistado é o autarca do Porto, Rui Rio.
"Paraíso Filmes" em reposição na RTP2
A série que em tempos animava os serões da RTP1 está de volta, mas desta vez ao segundo canal estatal.
Apesar de ser uma reposição, vale a pena ver de novo a série protagonizada por António Feio e José Pedro Gomes. "Paraíso Filmes" foi produzido pelas Produções Fictícias e conta com textos de Nuno Markl e Filipe Homem Fonseca e foi gravada em 2001.
A série narra a história de uma equipa de produção que se propõe fazer grandes filmes para uma estação televisiva que quer combater o líder de audiências. O grande problema é o escasso orçamento, que leva cada uma das personagens a fazer vários papeis.
Fontes: Jornal de Notícias, 24 Horas