21 de setembro de 2009

Fecho


Boa noite. O Fecho de hoje é temporário, uma vez que às 21:00 estreia o novo espaço de opinião do Televisão-Opinião. Gostaríamos de contar com o seu comentário. Uma vez que os textos são longos, salientámos algumas frases. Será colocada em linha uma enquete com o intuito de concluir qual de nós (eu - Diogo - ou o Tiago), venceu a "batalha". Agradecíamos que não votasse apenas por gostar do programa, mas sim tendo por base a opinião que demonstrámos. Já sabe, Frente a Frente às 21:00!

Fica aqui uma crónica da autoria de Joel Neto, retirada do Diário de Notícias:

Notícias do paraíso

Mudam os governos, mudam as administrações, muda a actualidade, os críticos passam a defensores e os defensores a críticos. Na RTP, ao fim de quatro anos, muda (ou pode mudar) tudo. Menos uma coisa: as suspeitas de que a estação faz favores aos titulares do regime. Esteja no poder o PS ou o PSD, a insinuação volta sempre: a RTP defende o Governo.

Mas nunca, naturalmente, é o Conselho de Redacção a sugeri-lo. "Naturalmente"? Sim, "naturalmente": muito dramática teria de ser a situação para serem os próprios jornalistas a acusarem os jornalistas (a acusarem os colegas e a acusarem-se a si próprios) de favorecimento ao regime. Era preciso, talvez, que as suspeições fossem um pouco mais do que suspeições.

Pois esse é o único raciocínio ao dispor de quem lê o comunicado emitido esta semana pelo Conselho de Redacção da RTP/Açores. Ao longo de vários parágrafos, os jornalistas-eleitos-pelos- jornalistas elogiam umas e condenam outras decisões da direcção de informação. Pelo meio, lá vem a palavra: "censura." Há ou não censura quando uns programas são tão obviamente negligenciados em relação a outros? E há ou não censura quando as reportagens que chegam a Lisboa, via "Notícias do Atlântico" (RTPN), protegem tão cabalmente os titulares do regime açoriano e as suas empresas de mão (como a SATA)?

O departamento de Informação diz que não. Mas, entretanto, é objecto de perguntas e de comunicados que em Lisboa, apesar das polémicas, ninguém ousa fazer.

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