21 de junho de 2010

Fecho


Boa noite. O Fecho de hoje incluí mais uma crónica da autoria de Joel Neto, retirada do Diário de Notícias.
Às 21:00, fique com o Frente a Frente desta semana.


Queirós dá prejuízo


Os horários que o sorteio ditou para os jogos de Portugal, é bem verdade, não ajudam em nada o investimento feito pela RTP neste Mundial - e o mesmo acontece com o Portugal-Coreia de hoje (12.30) e o Portugal-Brasil de sexta-feira (15.00). Mas não se pode ter sorte em tudo. Bem vistas as coisas, Portugal foi feliz com o país anfitrião e com as cidades que lhe caíram em sorte. Por outro lado, teve azar com o grupo que apanhou e com os horários dos jogos. Uma competição internacional é mesmo assim.



Agora, não me digam, por favor, que serão apenas os horários a ditar as más audiências dos jogos da selecção. Nem sequer, aliás, que serão "sobretudo" os horários a fazê-lo. Tanto no Euro 2004 como no Mundial 2006, e no Euro 2008, foi a própria equipa a condicionar o número de espectadores que tinha. Jogasse Portugal às 15.00 ou às 21.00, e fosse o jogo a uma quarta-feira de chuva ou a um sábado de sol - os portugueses estavam sempre lá. Incluindo os fanáticos e os outros todos. Os homens e as senhoras. Os idosos e os jovens. Os profissionais liberais e os operários.



Se os portugueses preferiram o Brasil-Coreia ao Portugal-Costa do Marfim, isso deve-se de facto ao horário. Que os portugueses simplesmente tenham virado costas ao Portugal-Costa do Marfim, independentemente de terem ou não visto depois o Brasil-Coreia do Norte, já se deve a um factor bem mais prosaico: Carlos Queiroz. Dê-se-lhe as voltas que quisermos, a explicação permanece a mais simples: o Portugal de Scolari jogava bem e Scolari puxava pelos portugueses; o Portugal de Queiroz é sensaborão e Queiroz não puxa por ninguém. Como será esta tarde? Suspeito que parecido.

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