18 de outubro de 2009

Fecho


Boa noite. São 20:00 horas e está em linha mais um Fecho. O de hoje incluí uma crónica de Joel Neto, retirada do Diário de Notícias. Daqui a uma hora não perca "O Protagonista".

Que saudades das eleições

Maitê Proença é tonta? Admito que sim. Nunca sequer li um livro dela - não posso ajuizá-lo com grande acuidade. Mas, de facto, o vídeo que ela fez para o programa Saia Justa, do GNT, parece indiciá-lo: é um pouco tonta - ou talvez, quem sabe, bonita de mais para o seu próprio bem.

Foi apenas isso, porém, que Maitê fez: dizer umas tontices, de resto de maneira assumidamente histriónica. Daí até nos sentirmos ofendidos no orgulho pátrio, ao ponto de iniciarmos subscrições na Internet ou exigirmos via TV (com a chancela dos pivôs) um pedido de desculpas formal à grande nação lusa, vai uma enorme diferença.

Essa diferença nem sequer se chama "sentido de humor": chama-se "grandeza". Foi isso que nós denunciámos em nós próprios, ao longo desta semana: falta de grandeza. No fim, fomos tão tontos como ela. Mais tontos ainda, aliás, pois sujeitámo-nos a que uma provável tonta pudesse dizer, lá do alto: "Estes portugueses não têm o mínimo de auto-ironia."

Digo "nós" porque foi assim que a história ficou no Brasil: "os portugueses" ficaram zangados. Na verdade, quero deixar aqui claro que não estou zangado coisa nenhuma: simplesmente não consigo sequer sorrir com piadinhas tão primárias e sem criatividade como as de Maitê.

O resto seria justiceirismo parvo. "Os portugueses", aparentemente, andam numa sede imensa dele. Os jornalistas, claro, também. Eu bem avisei que o fim do ciclo eleitoral ia ser uma orfandade.

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